Notícias

Na busca da criação do primeiro curso de Terapia Ocupacional em Mato Grosso o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 9ª Região (Crefito-9) e a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) se reuniram nesta segunda-feira (25.04), com o vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá.

Segundo a presidente do Crefito-9, Ingridh Farina, este foi um primeiro encontro para apresentar a demanda da necessidade de mais terapeutas ocupacionais em Mato Grosso.

“Atualmente contamos com 100 terapeutas ocupacionais no Estado, um número baixo para uma população de 3,5 milhões no Estado. Hoje grande parte dos serviços de reabilitação, para não dizer quase todos da Rede de cuidados à pessoa com deficiência, precisam deste serviço especializado e não encontram profissionais. Até por conta disso deixam de receber recursos. E uma das estratégias para mitigar esse problema é fomentar a abertura do primeiro curso de Terapia Ocupacional em parceria com Unemat no campus de Cáceres. E neste encontro mostramos essa realidade e pedimos ajuda ao vice governador para que esse projeto sai do papel”, contou.

O vice-governador, Otaviano Pivetta, entendeu a importância dos profissionais e pediu um levantamento de informações para pode ajudar na criação do curso. “Sabemos atualmente que possuímos 100 profissionais, mas precisamos identificar qual seria a demanda atual de terapeutas ocupacionais no Estado, pode ser um comparativo com os Estados que possuem profissionais suficiente e, além disso, que a Unemat apresente um plano operacional com valores do custo da implementação. Com essas informações, teremos mais embasamento para ajudar na demanda”, afirmou.

Para o diretor da Faculdade de Ciência da Saúde da Unemat campus Cáceres, Marcio Barroso, o primeiro encontro foi proveitoso. “A Unemat se sensibilizou com a situação da falta dos profissionais e é parceira do Crefito-9 na criação do curso, entendemos a importância destes profissionais para a sociedade e por já contarmos com cursos na área da saúde como medicina, enfermagem e educação física possuímos a estrutura física para receber o curso. Já fizemos um levantamento inicial e a estimativa é  de criar uma primeira turma com 40 alunos a um custo de R$ 2 milhões pelos quatros anos de ensino. Mas vamos formalizar tudo, tentar levantar todas as informações para que a gente de o próximo passo na efetivação do curso”, pontuou.

O vice-presidente do Crefito-9, Jorge Damião Gonçalves Scarpellini, como terapeuta ocupacional, destacou a importância da profissão nas unidades de saúde pública e centros de reabilitação. “A demanda no Estado é enorme por este profissional que trabalha com à prevenção e o tratamento de indivíduos portadores de alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psicomotoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumas e/ou doenças adquiridas. Lidamos com pacientes de todas as idades, desde criança com autismo, por exemplo, a pais que estão lidando com o diagnóstico, a um adulto que sofreu um acidente ou um idoso apresentando dificuldades na parte cognitiva, motora ou que quer maior independência. Até por conta disso o terapeuta ocupacional hoje é presença indispensável nas equipes multidisciplinares”.